Comissão vai pedir mais fiscalização contra aplicativos de transportes de passageiros em carros comu
O fim do transporte irregular de passageiros, como vans e empresas de carros privados não regulamentados, foi defendido pelo presidente da Comissão para Prevenir e Combater a Pirataria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Dionísio Lins (PP). O parlamentar informou, em audiência pública desta segunda-feira (18/07), que enviará a pauta de reivindicações dos taxistas e trabalhadores rodoviários, que estão tendo prejuízos com o transporte irregular, para diversas instituições, como o Governo do Estado, prefeitura do Rio, Ministério Público e o Detran.
Segundo Dionísio Lins, a pirataria no transporte do Rio de Janeiro é um desrespeito ao trabalhador em um momento de crise e alto desemprego. "É um absurdo a pirataria dominar o Rio de Janeiro como está acontecendo. Vamos lutar junto a justiça e todas as esferas de poder para que os taxistas e os trabalhadores rodoviários sejam respeitados. A pirataria gera desemprego e diminui a arrecadação de impostos pelo estado", afirmou.
Os taxistas e trabalhadores rodoviários reclamam principalmente do aplicativo de celular Uber, que presta serviço de transporte de passageiros e está funcionando devido a uma liminar da justiça. O presidente da cooperativa Playtaxi, Ricardo Telles, ressaltou que a concorrência com o Uber é desleal, já que os taxistas são obrigados a pagar tributos e a realizar em média cinco vistorias por ano. "Existem aproximadamente 54 mil taxistas no Rio. O que irá ser feito com tanto trabalhador caso o Uber não seja combatido? A concorrência é muito injusta. Não temos condições de aplicarmos o mesmo preço que os motoristas de Uber, já que pagamos impostos regularmente. Queremos o fim da pirataria", disse Ricardo.
Além dos taxistas, os trabalhadores rodoviários do Rio também pedem o fim do Uber. Segundo o superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Rio (Setrerj), Marcio Barbosa, mais de 5 mil empregos foram perdidos no setor e seis empresas foram fechadas devido à crise. "O Uber é irregular e fora da lei. Ele está contribuindo para aumentar a crise no setor rodoviário. Antes, o aplicativo somente prejudicava os taxistas. No entanto, devido aos preços baixos e às diversas modalidades, o Uber também está causando sérios danos ao setor de ônibus", informou o superintendente.
Fonte: Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)